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Bem-vindo ao Site Oficial do FIRI, aqui você encontra o debate sobre integração regional no Sul Global como parte da necessidade de aumentar a interdisciplinaridade, compartilhar desafios e construir soluções adaptadas às realidades locais

Quem somos nós?

Somos estudantes do 5º semestre do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), em Salvador, Bahia. A ideia do projeto surgiu durante a disciplina de Estudos Regionais, ministrada pelo Professor Mestre Fábio Rocha. A proposta nasceu do desejo de fortalecer a integração acadêmica entre instituições de ensino superior da América Latina, criando um fórum colaborativo que promova o diálogo, o intercâmbio de experiências e a construção coletiva de conhecimento. Este fórum faz parte do nosso projeto de extensão e visa ampliar as conexões entre estudantes e pesquisadores da região, incentivando o debate sobre os desafios e oportunidades comuns aos países latino americanos. 

Nosso site é uma ferramenta essencial para facilitar a comunicação e colaboração entre os participantes. Aqui, você poderá acessar informações sobre o evento, seus objetivos e os temas que serão abordados em textos acadêmicos.

     Sobre o FIRI 

O debate sobre integração regional no Sul Global parte da necessidade de aumentar a interdisciplinaridade, compartilhar desafios e construir soluções adaptadas às realidades locais. Temas como a Cooperação Internacional latinoamericana, o padrão de tarifação do Mercosul, os desafios e soluções no que tange à saúde pública, as preservações ambientais no espaço internacional, a autonomia tecnológica e as desigualdades raciais e de gênero aplicadas no Sul Global ganham centralidade nas discussões.

 

Pensando nas questões supracitadas, a realização do “Fórum de Integração Regional Interdisciplinar: Integração Sul-Sul - Desafios e Soluções Compartilhadas (FIRI)”, justifica-se justamente pela necessidade da construção de espaços de debate científico-acadêmico sobre a integração regional no Sul Global. O evento é uma oportunidade para professores, pesquisadores e estudantes dos cursos de Relações Internacionais e áreas afins, bem como integrantes de movimentos sociais e populares, interessados em participar de discussões coletivas sobre as dificuldades históricas e alternativas dos países que integram este locus de resistência. A perspectiva  interdisciplinar contribui tanto com uma análise mais ampla das questões, como para fortalecer laços entre diferentes áreas do conhecimento engajadas com a necessidade de solução para os problemas do Sul Global. 

 

Nesse sentido, elegeu-se seis eixos temáticos, notadamente: Desafios comuns de desenvolvimento e cooperação na América Latina; Tarifaço - Obstáculos e oportunidades comerciais em 2025; Desafios e soluções estratégicas para saúde pública; Como aproximar o cinema do sul global; Meio Ambiente: Experiências internacionais de preservação ambiental e soluções conjuntas; Integração e tecnologia - Caminhos para autonomia tecnológica do sul global; bem como, Raça e Gênero - desigualdades estruturais no Sul Global. Em seu conjunto, esses eixos buscam representar não só a diversidade de desafios, mas também possíveis soluções em construção.

 

Para a comunidade acadêmica, o FIRI será um espaço de aprendizado, troca e construção coletiva.  A proposta do Fórum não apenas estimula a reflexão, como também prepara os estudantes para lidar com os desafios contemporâneos do cenário internacional e a sua transformação. Contribuindo para a formação do senso crítico dos estudantes ao conectar a teoria aprendida em sala de aula com a prática dos desafios reais. 

 

Ademais, apresentando uma abordagem interdisciplinar, o protagonismo dos alunos na pesquisa e na apresentação dos debates fortalece a autonomia intelectual e a responsabilidade social. Dessa forma, torna-se um importante instrumento pedagógico ao ampliar a visão dos discentes, além de fortalecer o papel da universidade como agente ativo no debate sobre saúde pública, meio ambiente, tecnologia, comércio, cooperação e justiça social no Sul Global.

Detalhes do Evento

Fórum de Integração Regional Interdiscplinar
Fórum de Integração Regional Interdiscplinar
Data: 26/06/2025
Evento Online Via Microsoft Teams

Nossos Eixos Temáticos

DESENVOLVIMENTO E COOPERAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

Para compreender os desafios presentes na América Latina em relação à cooperação, é necessário entender que, mesmo sendo heterogênea em termos culturais e socioeconômicos, a região enfrenta uma série de desafios estruturais comuns que dificultam o desenvolvimento e a consolidação de mecanismos que favoreçam a integração regional. 

Primeiramente, a aproximação histórica, que tem seu início a partir da colonização e exploração de países europeus, é elemento primordial para entender a dependência externa e a fragilidade dos Estados com instituições e políticas públicas limitadas. Posteriormente, a região foi marcada por considerável instabilidade política, levando em conta golpes de Estados, governos autoritários, e democracias frágeis. Comprometendo a continuidade de políticas que poderiam tornar os países da região mais próximos uns dos outros. 

Apesar de atualmente existirem iniciativas de integração e cooperação, como o próprio Mercosul, a fragmentação ideológica e os constantes realinhamentos políticos comprometem a continuidade e a eficácia desses mecanismos. A ausência de uma visão estratégica comum para o desenvolvimento regional e os interesses conflitantes entre os Estados geram dificuldades na construção de consensos duradouros. Alinhado a isso, a dependência de commodities e a baixa diversificação das economias latino-americanas limitam sua resiliência diante de crises globais. A fraca integração das cadeias produtivas regionais, aliada a políticas comerciais muitas vezes contraditórias comprometem o potencial de uma integração econômica robusta. 

No evento, propomos a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e a cooperação efetiva na América Latina a partir de uma reconfiguração da atuação de instituições nacionais e internacionais, uma maior integração econômica, e um compromisso político consistente com a redução das desigualdades. Para além das dificuldades estruturais, é essencial o fortalecimento de uma identidade regional baseada em valores comuns e na construção de capacidades institucionais que favoreçam a confiança mútua e a ação coletiva.

TARIFAÇO – OBSTÁCULOS E OPORTUNIDADES COMERCIAIS EM 2025

A Tarifa Externa Comum (TEC) é um protocolo comercial que estabelece a padronização de taxas tarifárias dos países-membros do Mercosul. É um mecanismo com a intenção de provocar a competitividade e produtividade do mercado sul-sul, que com seus níveis tarifários, busca reduzir a formação de oligopólios e evitar reservas de mercado. 

No atual contexto internacional, o Mercosul decidiu aumentar as categorias de produtos no qual a TEC não é aplicada – as taxações próprias de cada Estado – devido a uma estratégia de adaptação e ampliação do bloco conforme as taxas sancionadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A prioridade do bloco, no entanto, é avançar com as negociações com Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e os Emirados Árabes Unidos. Quais as perspectivas para  competição e a aliança de mercado no eixo sul em meio ao desenrolar do mercado global, interesses particulares de cada Estado e oportunidades internacionais para o ano de 2025? Nesse evento, propomos discutir a política externa dos países membros do Mercosul frente às mudanças recentes no comércio exterior.

SAÚDE PÚBLICA: DESAFIOS E SOLUÇÕES ESTRATÉGICAS

A pandemia do COVID-19 expôs de forma indiscutível as fragilidades dos sistemas de saúde no Sul Global. A escassez de recursos, a dependência da importação de vacinas e insumos, bem como a precariedade da infraestrutura hospitalar, revelaram não apenas a desigualdade estrutural no acesso à saúde, mas também a urgência de uma resposta coordenada e solidária entre os países do Sul.

Nesse cenário, a integração regional se apresenta como uma estratégia fundamental. O compartilhamento de conhecimento técnico-científico, a produção e distribuição conjunta de medicamentos genéricos e a cooperação para o desenvolvimento de tecnologias locais representam caminhos viáveis e sustentáveis. Iniciativas como o Consórcio de Vacinas da América Latina, apoiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), demonstram que a colaboração entre países pode reduzir a dependência do Norte Global e fortalecer a autonomia sanitária regional.

Um referencial teórico importante para o tema é a obra de Boaventura (2006) a partir da crítica ao modelo hegemônico de saúde centrado na lógica do mercado e na razão tecnocrática. Em vez disso, propõe uma epistemologia contra-hegemônica, que valoriza os saberes locais, as práticas comunitárias e os direitos sociais. Essa perspectiva se alinha à construção de políticas públicas de saúde baseadas na solidariedade, no acesso universal e na cooperação horizontal: princípios centrais da integração Sul-Sul.

Portanto, nesse evento, propomos enfrentar os desafios da saúde pública no Sul Global, com a noção que, mais do que investimentos isolados, essa problemática exige soluções compartilhadas, baseadas na confiança mútua, no fortalecimento de capacidades regionais e na valorização de modelos alternativos de bem-estar. A integração regional, nesse sentido, não é apenas uma resposta pragmática à escassez, mas também um ato político de resistência à desigualdade global.

MEIO AMBIENTE: EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E SOLUÇÕES CONJUNTAS.

Diante da atual crise climática, a preservação do meio ambiente torna-se cada vez mais necessária. Desse modo, a integração regional, principalmente ao pensar no contexto da América Latina, é uma ferramenta indispensável para assegurar a proteção das reservas ambientais e a soberania dos Estados diante dos recursos naturais.

Ou seja, a integração pode ser utilizada a fim de garantir a promoção de tecnologias sustentáveis e boas práticas de preservação por meio de ações concretas de cooperação. Logo, com tal atitude, é possível promover o desenvolvimento ambiental e o bem-estar social das populações mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Portanto, ações como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), o Acordo de Escazú, e a criação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), são exemplos de maneiras as quais a integração pode ser utilizada a favor do meio ambiente. Sendo assim, neste evento, propomos a discussão das ações de cooperação planejadas entre países do sul global e a encontrar novas soluções possíveis sobre o tema.

INTEGRAÇÃO E TECNOLOGIA: CAMINHOS PARA AUTONOMIA TECNOLÓGICA DO SUL GLOBAL

A tecnologia é um dos pilares centrais para o desenvolvimento de uma nação. No entanto, os países do Sul Global ainda enfrentam uma forte dependência tecnológica em relação ao Norte, o que se traduz em vulnerabilidade econômica, subordinação digital e exclusão da produção de conhecimento avançado. Nesse contexto, a cooperação Sul-Sul surge como uma alternativa estratégica para superar essa dependência, promovendo a valorização dos saberes locais, a justiça social e a sustentabilidade.

Apesar de suas potencialidades, o Sul Global enfrenta desafios significativos na área tecnológica. O mais crítico é o baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), o que impulsiona a fuga de cérebros — fenômeno em que pesquisadores buscam melhores oportunidades no Norte Global.

Propomos, neste evento, discutir estratégias de fortalecimento da autonomia tecnológica dos países latino-americanos por meio da integração regional e do compartilhamento de políticas públicas bem-sucedidas. Iniciativas como redes de inovação regional, acordos bilaterais de transferência tecnológica e a promoção de centros de excelência científica podem representar caminhos concretos para a construção de um modelo de desenvolvimento mais justo, soberano e sustentável para o Sul Global.

RAÇA E GÊNERO: DESIGUALDADES ESTRUTURAIS NO SUL GLOBAL

A Tarifa Externa Comum (TEC) é um protocolo comercial que estabelece a padronização de taxas tarifárias dos países-membros do Mercosul. É um mecanismo com a intenção de provocar a competitividade e produtividade do mercado sul-sul, que com seus níveis tarifários, busca reduzir a formação de oligopólios e evitar reservas de mercado. 

No atual contexto internacional, o Mercosul decidiu aumentar as categorias de produtos no qual a TEC não é aplicada – as taxações próprias de cada Estado – devido a uma estratégia de adaptação e ampliação do bloco conforme as taxas sancionadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A prioridade do bloco, no entanto, é avançar com as negociações com Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e os Emirados Árabes Unidos. Quais as perspectivas para  competição e a aliança de mercado no eixo sul em meio ao desenrolar do mercado global, interesses particulares de cada Estado e oportunidades internacionais para o ano de 2025? Nesse evento, propomos discutir a política externa dos países membros do Mercosul frente às mudanças recentes no comércio exterior.

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